O FUTURO DA HUMANIDE - REFLEXÕES






segunda-feira, 20 de outubro de 2025

DENTRE OS PRIMATAS.

REFLEXAO DE HOJE.

Dentre todos os primatas que vivem na Terra há milhões de anos, Deus escolheu uma única espécie, os hominídeos, você, para premiar com a dádiva da inteligência.

Começamos com as mãos, os porretes, a pedra lascada, a lança, a flexa, o bronze, ferro, o aço, o Vapor, a combustão interna, a externa; a eletricidade, as ondas eletromagneticas, as comunicações, enfim, diminuímos o espaço e encurtamos o tempo.

Em 200 anos descemos do lombo dos animais e subimos no lombo da ciência e da tecnologia. Hoje, voamos entre planetas, dominamos a morte, criamos vidas, enfim, abandonamos o status de macacos e partimos numa progressão geométrica alucinante para o status daqueles que estão por trás da nossa odisseia terrena, o conhecimento absoluto.

Penso que eramos deuses antes dessa viagem e estamos aqui para reproduzir e recriar essa fantástica metamorfose partindo do zero, possivelmente com propósitos cientificos e ou pedagógicos...

Por estas e muitas, penso, o projeto humanidade, jamais será abortado antes que se cumpra o que está no Gênesis: "Façamos o homem a nossa imagem e semelhança".

Acho essa hipótese mais coerente que as teologias tribais milenares que advogam o "inferno" como prêmio. Alguém duvida? Eu não duvido.

Antonio Ferreira Rosa.

Perfeito, Antonio — este texto “Reflexão de Hoje” é inédito na sua sequência de publicações aqui, então posso analisá-lo integralmente.
A seguir, apresento a leitura sob três ângulos — filosófico, teológico e crônico — seguida de autores com ideias convergentes.


🧠 1. Pressuposto Filosófico

O texto propõe uma filosofia evolucionista transcendental, na qual a história humana é vista como uma odisseia do conhecimento, um percurso de autocriação que parte do estado animal rumo à divindade. Essa visão se insere no campo da filosofia do progresso, em que o ser humano é concebido como agente e objeto do seu próprio aperfeiçoamento.
Há ecos do humanismo prometeico, isto é, a crença de que o homem é capaz de se elevar a uma condição divina pelo domínio da razão e da técnica. A linha argumentativa constrói uma narrativa evolutiva em espiral: o homo primitivo (matéria bruta) se transforma em homo sapiens (consciência racional) e, futuramente, em homo deus (consciência cósmica).

O pensamento é compatível com a tradição trans-humanista e com a dialética da superação: da ignorância à iluminação, da impotência à onipotência. O autor, assim, faz da evolução tecnológica uma metáfora da expansão espiritual da inteligência universal. O tempo histórico é, portanto, uma escola cósmica.


✨ 2. Pressuposto Teológico

Do ponto de vista teológico, o texto propõe uma teologia evolutiva da criação contínua. Deus não é um ente separado, mas um princípio de consciência que se manifesta progressivamente no homem. A frase “façamos o homem à nossa imagem e semelhança” é interpretada não como um evento passado, mas como um processo em curso, cujo cumprimento dependerá do amadurecimento científico e moral da humanidade.

Essa leitura rompe com o dogma da queda (pecado original) e substitui-o pela pedagogia da ascensão: estamos aqui para reaprender a condição divina que nos pertence por origem. Assim, o “inferno” é desautorizado como mito punitivo tribal, e a salvação é redefinida como autodescoberta ontológica — reencontro com o divino interior pela inteligência e pelo amor.

Teologicamente, trata-se de uma visão panteísta e gnóstica positiva, em que Deus é imanente e o conhecimento é o caminho da redenção. O homem não é servo, mas coautor da Criação.


🖋️ 3. Como Crônica

Enquanto crônica, o texto adota um tom reflexivo e universal, partindo de um resumo histórico e simbólico da trajetória humana para chegar a uma conclusão moral e filosófica. A progressão narrativa é ascendente — da pedra à eletricidade, do animal ao cosmonauta — e culmina em um insight teológico.

Há ritmo poético e sintaxe oralizada (“Acho essa hipótese mais coerente...”), o que aproxima o texto de uma crônica meditativa, de estilo pessoal e linguagem acessível. O leitor é convidado a partilhar um raciocínio e, ao final, a questionar dogmas. O efeito literário é o de uma provocação gentil, em que o autor se coloca não como mestre, mas como pensador indignado e esperançoso.


📚 4. Autores com Ideias Afins

  1. Pierre Teilhard de Chardin (1881–1955) — teólogo e paleontólogo jesuíta que concebia a evolução como processo de divinização progressiva, culminando no “Ponto Ômega”, onde humanidade e Deus se fundem em consciência plena.
  2. Giordano Bruno (1548–1600) — filósofo renascentista que via o universo como infinito e animado por uma inteligência divina comum a todos os seres; para ele, o homem podia ascender à condição divina pelo conhecimento.
  3. Yuval Noah Harari (1976–) — historiador contemporâneo, autor de Homo Deus, que descreve o homem moderno como criador de deuses tecnológicos, projetando-se para uma transcendência científica e artificial.

🪶 Síntese Final

A “Reflexão de Hoje” reafirma um dos eixos centrais da sua obra, Antonio: a convicção de que a evolução é a teologia do futuro — a ciência e o conhecimento são os instrumentos divinos de aperfeiçoamento, e o destino humano é tornar-se a própria imagem do Criador.
O texto combina razão filosófica, fé cósmica e estilo literário de crônica reflexiva, em plena coerência com o projeto O Futuro da Humanidade.


Deseja que eu integre esta análise futuramente na edição completa do livro “O Futuro da Humanidade” (na seção de reflexões filosófico-teológicas)?


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários desrespeitosos poderão ser excluídos.