O FUTURO DA HUMANIDE - REFLEXÕES






domingo, 20 de janeiro de 2013

0111-A “SÍNDROME DA DELINQUÊNCIA COMPULSIVA”.( I )

A humanidade, em todos os tempos e em todas as sociedades, convive com o problema da delinquência, e atribui a responsabilidade à natureza “maligna” da pessoa criminosa. Sabemos, porém, de longa data, da influência do meio social na formação dos seus indivíduos; que as falhas na educação são uma realidade, nas relações familiares e escolares; e, são determinantes para a má formação do caráter e da personalidade, atributos necessários à prática da delinquência. Esta questão, a meu ver, é mais complexa do que aparenta ser.

Penso como Aristóteles, o indivíduo nasce como uma “tábua branca”, sem nenhuma informação em sua mente, exceto as biológicas, obviamente. Lembrando que o nascimento a que refiro ocorre no início da formação do sistema nervoso central, diferindo do nascimento referido por Aristóteles. . Quem passa as primeiras impressões, (alicerces de todos os conceitos que formarão a base psicológica cognitiva e afetiva do indivíduo, somos nós, a geração adulta); aí pode estar o segredo da educação para a convivência do individuo com a sociedade. E, a explicação para as deformações do caráter e da personalidade que impressionarão, de forma consciente e ou inconsciente, o conjunto dos comportamentos futuros.

Assim, penso que são grandes os conflitos de auto ajustamento da criança na primeira infância e na adolescência, na tentativa de interpretação da realidade, agravados pela ausência de padrões positivos, definidos e específicos para cada fase do desenvolvimento infantil, o que chamo de falta de “pedagogia específica” e “conteúdos adequados”; e, favorecidos pelos padrões negativos, amplamente oferecidos em tempo integral, sem nenhum respeito à pedagogia, aos conteúdos e à cronologia do desenvolvimento infantil (gestação turbulenta, insalubre, violenta, a televisão, convivência com adultos despreparados, e o caos da sociedade, por exemplos).

Penso que essa realidade pode levar a grandes dificuldades para a formação do que chamo de “software psicológico” coerente e necessário ao processamento das primeiras informações recebidas por um "cérebro virgem", para o processamento e a formação dos conceitos básicos orientadores das atitudes e dos padrões comportamentais esperados no futuro; penso também que esta realidade pode causar e ou desencadear o que chamo de, “lesões de hardware” (distúrbios neurológicos); uma vez que estabelecidos os danos ao desenvolvimento infantil pela formação de uma base conceitual equivocada, comportamentos doentios que vou chamar de “Síndrome da delinquência compulsiva”, e outros posteriores, já conhecidos da ciência como o autismo, a síndrome de asperger e a esquizofrenia, psicopatia, por exemplos, podem ter suas origens explicadas nesta fase do desenvolvimento.

Lembremos que o cérebro é um computador dos mais sofisticados, porém, como qualquer máquina computadorizada, se receber informações insuficientes e ou equivocadas, processará resultados indesejados; esta analogia não será imprópria e irresponsável, se considerarmos que a criança, em remota idade, é apenas um receptor sem nenhuma capacidade de rejeição ou juízo; apenas receberá a informação e a processará; seja boa ou má, certa ou errada. De qualquer forma as primeiras informações recebidas por um “cérebro virgem”, constituirão, inicialmente, o "software psicológico" responsável pelo processamento e a formação da base cognitiva e afetiva da criança para o resto da vida; e, se forem negativos os resultados deste processo, causarão grandes dificuldades de ajustamento social no futuro: “A primeira impressão é a que fica”.

Tenho uma espécie de convicção que a inexistência de uma “pedagogia específica” à educação na primeira infância, bem como a indefinição de “conteúdos adequados” e "cronologicamente ordenados" à cada etapa do desenvolvimento infantil para orientar o relacionamento das gerações adultas, em especial os pais e a escola, desde a gestação até a adolescência, é a principal responsável pelos distúrbios de comportamentos e pela má formação do caráter e da personalidade; realidades, suficientemente, necessária à prática delituosa.  Acredito, porém, que estas patologias podem ser provocadas, também, por distúrbios congênitos, como a má formação neurológica de múltiplas origens...

Penso que a sujeição prolongada, desde a mais remota existência, à educação inadequada a que é submetida grande parte das crianças, leva alguns indivíduos, obviamente os mais suscetibilizados pela maior incidência de circunstâncias e eventos negativos (má formação do "software psicológico cognitivo"), a desenvolver a “síndrome da delinquência compulsiva” e os outros distúrbios comportamentais futuros, já conhecidos e citados aqui.

Se não, como explicar que um ser humano, possa sofrer a punição de anos numa cadeia perigosa sob todos os aspectos e nas condições subumanas que oferece o sistema penitenciário, obter a liberdade depois de cumprir a pena; após alguns dias, cometer os mesmos delitos novamente; voltar a para a mesma cadeia, cumprir nova pena; sair e repetir tudo de novo, numa espécie de círculo vicioso, absolutamente estúpido. Isto é irracional e incompreensível ao ser humano sadio; merece ser visto pela ciência como algo sério a ser explicado, como algo constitutivo das patologias dos distúrbios comportamentais (psicológicos e ou neurológicos).

Não é concebível que um indivíduo atente repetidamente contra sua própria liberdade e sua integridade física, se não por distúrbios de percepção da realidade, uma vez que as consequências são penosas.  As reações do sistema repressor são violentas e amplamente conhecidas do mundo do crime. Como entender que alguém passe grande parte da vida prejudicando seus semelhantes e a si próprio? Permanecer em suscetibilidade contínua à ação do sistema repressivo é comparável à dependência e a sujeição aos vícios como o alcoolismo e as drogas. Penso que, por ai, deveria começar a investigação da ciência, uma vez que a raiz destes problemas pode ser comum. 
Para mim, a “delinquência compulsiva” é um distúrbio grave de percepção da realidade, cuja origem pode ser em sinapses neurais inadequadas o que chamei de lesões de Hardware, o que provoca a formação de uma base conceitual, (software psicológico) equivocado, que por sua vez vão provocar distúrbios de comportamentos como esquizofrenia, psicopatia, autismo, Síndrome de asperger, os transtornos de todos os tipos inclusive as delinquências, Para mim todas são “doenças” provocadas pela imperícia da família no relacionamento e na educação do inicio da formação do sistema nervoso central à adolescência, e, da escola, família e sociedade, no processo educativo posterior. (falta de pedagogia e psicologia científicas)

Penso que a educação na primeira infância, em especial nos três primeiros anos de vida, exige um procedimento pedagógico cientificamente elaborado. Obviamente a ciência, ainda, não produziu a “pedagogia específica” e os “conteúdos adequados” que preconizo, entretanto, com certeza, o fará no futuro.

Antônio Ferreira Rosa. (pedagogo)                                                                                                      


 

0110-UM DETALHE QUE CHAMA A ATENÇÃO

Segundo o diário “New York Post”, o jovem Adam Lanza, assassino de vinte crianças e seis adultos na última semana, era fã de games violentos, em particular de "Call of Duty", jogo no qual o participante utiliza pistolas, rifles, metralhadores e outras armas para ganhar pontos matando os oponentes. Será que essa “inocente” prática tem alguma coisa a ver com o desfecho trágico? Eu poderia deixar a pergunta no ar, mas, ficar em cima do muro não faz meu tipo. Creio seriamente que tem tudo a ver... fica o alerta, para quem acha bonito ver uma criança, horas e horas praticando jogos ou assistido filmes e desenhos violentos...
Antonio Ferreira Rosa.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

0109-O FIM DA MALDADE HUMANA...


À medida que a humanização da sociedade avança, pelo aprimoramento dos códigos e convenções, relativos ao direito universal, o egoísmo e a maldade individual, mesmo lentamente, sucumbirão. A razão coletiva dominará sobre a razão egoísta do indivíduo; o interesse comum sobrepujará ao interesse particular, sem prejuízo à liberdade, mas, apontando sempre para o bem comum; por óbvio, essa dinâmica, progressivamente, conduzirá à evolução e a sublimação do individuo, possibilitando assim, a paz social e o bem coletivo que todos aspiram...

Antonio Ferreira Rosa.